Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Dilemas da doação de órgãos no Brasil

Redação enviada em 26/04/2019

Promulgada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante, em seu XXV artigo, o direito à saúde e ao bem-estar de todos os indivíduos. Conquanto, o cenário visto pelos dilemas da doação de órgãos no Brasil impede que isso aconteça na prática, devido não só ao fator educacional, como também à baixa atuação dos setores governamentais. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz. É inquestionável que o fator educacional está entre a permanência dos obstáculos relacionados à doação de órgãos no território nacional. Consoante ao pensamento do líder revolucionário Nelson Mandela, de que apenas a educação é capaz de mudar o mundo, é notório que esse conceito encontra-se deturpado no país, quando, por falta de conhecimento, os membros da sociedade desenvolvem tabus relacionados ao procedimento e são constantes ao resistir em autorizar a doação dos órgãos de seus familiares, contribuindo, assim, para o aumento do número de pessoas na fila de espera para receber um órgão, que já passa dos 32 mil necessitados. Dessa forma, nota-se que há a necessidade de combater a ignorância por meio da educação. Outrossim, é importante salientar que o dilema, deriva, ainda, da falta de atitude do governo, no que concerne à criação de mecanismos que interfiram na grande burocracia presente no processo brasileiro de doação de órgãos. Isso se torna mais claro, por exemplo, na legislação brasileira atual, a qual exige que para uma doação ser admitida, é necessário o laudo de dois neurologistas, o que contribui para o aumento do número de mortes que ocorrem enquanto o paciente espera um órgão. Ora, se um governo se omite diante uma questão tão importante, entende-se, assim, o porquê de sua continuação. Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater os dilemas da doação de órgãos no Brasil. Para tanto, convém a criação de palestras para orientar a população, realizadas pelo Ministério da Saúde em parceira com o Ministério da Educação, sendo veiculadas em congressos, escolas, faculdades, "workshops" e nos diversos tipos de mídia no formato de anúncios e reportagens, com o intuito de transmitir conhecimento para os indivíduos sobre os procedimentos doação de órgãos, os impactos imensuráveis que a doação de um órgão traz na vida daquele que o recebe e os requisitos necessário para se tornar um doador. Somado a isso, torna-se importante a criação de uma lei, pelo Poder Legislativo, que amenize a burocracia no processo de doação, alterando o número de laudos necessários para que ela seja homologada, visando agilizar o procedimento e diminuir o número de mortes que ocorrem na fila de espera. Tudo isso com a intenção de quebrar preconceitos através do conhecimento e diminuir o número de pessoas que estão esperando para receber um órgão. Quem sabe assim, o real cumprimento do XXV artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos deixe de ser uma utopia e se torne uma realidade no Brasil.