A mecanização da produção agrícola expandiu e facilitou o fortalecimento da demanda de alimentos no mundo. No Brasil, embora a quantidade seja grande, nem toda a sociedade consegue ter acesso a alimentação, enquanto os que têm os desperdiçam, demonstrando assim uma intensa disparidade social. Em primeiro lugar é importante ressaltar que, no Brasil, cerca de 2% da população sofre com a fome, enquanto aproximadamente 33% dos alimentos do mundo são desperdiçados, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Com isso, constata-se um erro na distribuição de alimentos, no qual a população de maior renda possui um maior acesso. Conclui-se então que há uma desigualdade social, sendo que a parte pobre da sociedade acabar por ficar na “linha da fome”. Além dos impactos sociais causados pela má distribuição dos alimentos, os impactos na natureza também devem ser vistos. Enquanto o solo é degradado com a grande presença de agrotóxicos, que podem causar a sua acidez, a água também sofre com a sua grande utilização. Ela além de ser super explorada, acaba por ir ao lixo de maneira indireta através dos alimentos que forem desperdiçados, já que eles muitas das vezes dependem da água para a sua produção. Visto pela ótica de que o Brasil é um grande desperdiçador de alimentos, e sabendo de todos os impactos causados por isso, é necessário que haja uma mudança. Cabe ao governo o dever de criar leis que permitam um controle maior aos agrotóxicos utilizados nos alimentos, além de procurar incentivar o não desperdício. Aliado a mídia, ele também pode atuar com propagandas que falem sobre os produtos amassados e defeituosos que podem ser consumidos. Além disso, a escola também tem um papel fundamental: formar cidadãos conscientes ensinando a reutilizar e evitar o desperdício de alimentos.