O principal objetivo da Revolução Verde era acabar com a fome no mundo. Por meio de o desenvolvimento de sementes mais resistentes, maquinários melhores e bons adubos, objetivava-se maior produção de alimentos e o fim da fome. No entanto, décadas após o início desse processo, milhões de pessoas ainda passam fome no Brasil e no mundo, embora, de fato, tenha ocorrido grande aumento na produção agrícola. Em primeiro lugar, é preciso saber que a maior parte da produção agrária dos países emergentes, como o Brasil, é voltada para exportação para países desenvolvidos e mais ricos, o que diminui o abastecimento local e a oferta de alimentos, acarretando acréscimos no preço da mercadoria e prejudicando a população de baixa renda, que, muitas vezes, não terá condições de adquirir o básico para as refeições do cotidiano. Além disso, há um enorme desperdício de alimentos no Brasil. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 26,3 milhões de toneladas de alimento são jogadas no lixo, sendo 50% perdidas já no manuseio e transporte, juntamente, desperdiça-se água, energia, mão de obra e insumos agrícolas utilizados na produção, acarretando, também, o aumento dos preços. Vale lembrar, que em restaurantes e supermercados também há grandes e constantes perdas, uma vez que pratos preparados e não consumidos no dia são descartados, e produtos industrializados, próximos ao vencimento, são retirados dos supermercados e, igualmente, jogados no lixo. Portanto, fica claro que combater a fome é um desafio para o governo e a população. Para isso, hortas comunitárias, próximas a centros urbanos, devem ser construídas pela prefeitura e cuidadas pelo povo, a fim de que a população local usufrua dessa produção. Melhoras no transporte, estradas e veículos, cabem ao governo e às transportadoras, com a finalidade de diminuir os danos causados ao alimento no deslocamento do produtor até o consumidor. Por fim, sobras de alimentos de restaurantes e produtos de supermercados, devem ser entregue à ONGs e projetos sociais que visem a doação de alimentos à famílias carentes, cabendo a ANVISA fiscalizar esse processo.