Título da redação:

Fome no Brasil: Uma relação Paradoxal

Tema de redação: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 01/11/2016

A diminuição da fome no Brasil é um grande avanço para o desenvolvimento da nação. Apesar desse progresso, ainda há uma parte da população que se encontra em situação de subnutrição, em decorrência da fome, desencadeando vários fatores de riscos à saúde. Desse modo, vem se debatendo essa questão, pois o problema da fome não é a falta de alimentos, mas, sim, uma série de fatores como o aumento da população, precário sistema de distribuição de alimentos e sobretudo uma má distribuição de renda. Erradicar a fome no seu território – eis a meta de um País que se destaca na produção e exportação de alimentos. Uma alimentação equilibrada é essencial para a manutenção da vida de qualquer ser humano, pois ela é a base na qual o indivíduo se sustenta para realizar todos as suas atividades. Pode-se notar, entretanto, que algumas pessoas não têm acesso a uma alimentação adequada para essa manutenção, acarretando no aparecimento de inúmeras doenças como o raquitismo, escorbuto, osteoporose entre outras. Nesse sentido, algumas pessoas passam por situações desumanas para conseguir algum tipo de alimento, nota-se isso no documentário Ilha das Flores, em que as pessoas que habitam nessa região são submetidas a situações de precariedade, em que o lixo depositado naquele local é separado, primeiramente, para os porcos e o que sobra é recolhido para as pessoas consumirem. Percebe-se, que o fator que leva a essa situação, não é a falta de alimentos, mas, sim, questões sociais e econômicas, como o modo de produção e uma má distribuição de renda, criando assim, um círculo vicioso. No que se refere à má distribuição de renda da população, é válido salientar a ausência de um ensino de qualidade em determinadas localidades, e assim, reduzindo as chances de encontrar um emprego digno capaz de patrocinar as necessidades básicas de subsistência. No que diz respeito ao modo de produção, o problema brasileiro tem sido creditado à modernização da produção agrícola e a produção voltada para o mercado externo. Pois em consequência disso não gera-se empregos, o que ocasiona, por conseguinte, em uma má distribuição de renda e um desigual acesso aos alimentos pelos brasileiros. Portanto, é necessário que o Estado promova uma mudança radical de modelo da agricultura e implemente medidas eficazes para o setor. A curto prazo é importante ampliar as políticas públicas de distribuição de renda, através da ampliação de programas como o “fome zero” e o “bolsa família” para as pessoas que realmente necessitam. Paralelamente a isso faz-se necessária uma mudança no modelo de produção no qual se volte primordialmente para o mercado interno. Nesse sentido, cabe às ONGs, para valorizar a agricultura familiar – intermediar as relações entre agricultores familiares e o Estado – objetivando proporcionar os subsídios essenciais para a consecução e desenvolvimento de uma produção que seja capaz de suprir as necessidades e consequentemente proporcione um maior acesso à alimentação. Desse modo, acabar-se à com o paradoxo presente na produção e sobretudo na sociedade brasileira.