Vivemos em uma época em que, segundo o filósofo Nicolau Maquiavel em seu livro “O Príncipe” é preciso ter, ser, parecer e não mais ser, possuir a essência de ; ou seja, pessoas se preocupam extremamente em como serão vistas aos olhos alheios, onde o “bonito” e o novo são melhores, seja qual for o objeto em questão, isso se aplica ao desperdício de alimentos e suas péssimas consequências. A fome no Brasil decorre principalmente de uma “cultura” de se jogar fora tudo aquilo que não é visualmente agradável, o que acarreta em um enorme desperdício dos alimentos em bares, restaurantes e lanchonetes, uma vez que é proibida a comercialização ou doação dos alimentos que não foram consumidos durante o dia. Este desperdício gera um enorme gasto de energia, água e produtos químico que, por sua vez se refletem na economia do país. Há no Brasil um grande comércio de alimentos, que são enviados a inúmeras nações; os mantimentos passam por um rigoroso controle de qualidade, o qual aqueles que forem descartados seguem para o lixo, apesar da grande maioria possuir apenas a superfície danificada, com aspecto feio por exemplo, contudo possuem o interior em perfeita qualidade, excelente para o consumo, o que as tornariam uma excelente opção para aqueles que não têm com o que saciar sua fome, caso de inúmeras famílias espalhadas por esse país. Finalmente, para que possamos reparar o mau uso de todo o sistema do ramo alimentício, é indispensável a retificação da política de proibição da doação dos alimentos não considerados mais úteis aos comerciantes, através de uma alteração na norma respectiva, bem como criar centros de redistribuição desses mantimentos, além de toda uma reestruturação na indústria alimentícia, por meio de projetos que visem uma produção, um transporte e um fornecimento menos dispendioso a todos os cidadãos que arcam com o erro desse mau planejamento.