Dentro da sociedade brasileira, há vários problemas que assolam a população, dentre eles existe o desperdício de alimentos. Situação essa que costuma ocasionar discussões acerca do que pode ser feito para sanar esse mal. Para se ter um melhor entendimento do assunto, é de suma importância a análise de dois fatores: onde e porque o desperdício ocorre? E quais suas consequências? Primeiramente, deve-se observar que metade do lixo orgânico brasileiro é proveniente do comércio e cerca de 10% de dentro dos lares, totalizando quase 65% de toda a perca de comida. Para uma produção equivalente a essa perca, é necessário, dentre outros recursos, água, terra, fertilizantes, combustíveis, tempo de trabalho durante todo o processo. Com isso, é notável que quando o alimento vai para a lixeira, vão com ele todos recursos utilizados em sua produção e transporte. A perca de alimentos ocorre, no caso dos comerciantes, porque muitas vezes não conseguem vender até o prazo de validade, ou até mesmo porque produtos danificados devem ser descartados segundo a lei vigente. Já no caso das famílias o desperdício ocorre, geralmente, por causa da falta de responsabilidade e consciência dos integrantes. Além disso, duas grandes adversidades ocasionadas por esse impasse são a fome e o impacto ambiental gerado. Esses dois aspectos estão interligados da seguinte forma: a população menos abastada têm fome em um certo período. Para resolver o problema, empresas alimentícias devastam mais áreas de florestas para que mais alimentos possam ser cultivados, tudo isso em nome da luta contra a fome no Brasil. Essa atitude acaba por não surtir efeito pois, os alimentos produzidos por essa mesma empresa serão consumidos apenas por aqueles que tem condição financeira, não mudando a situação de quem tem pouca renda. Logo, algumas medidas podem ser tomadas como, por exemplo, estruturação e correção das leis existentes que regulamentam o setor de alimentos do Brasil. Este primeiro ato poderia ser tomado pelo Ministério da Agricultura. Ademais, o governo brasileiro poderia realizar campanhas educativas para informar e conscientizar famílias e comerciantes sobre o desperdício de alimentos e suas consequências. Por último, uma iniciativa fundamental e, talvez a mais importante, seria uma melhor redistribuição de renda no país. Já dizia Caetano Veloso: ''Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome''.