Em diversos países, incluindo o Brasil, a fome ainda é uma questão preocupante que gera um extenso debate a respeito do desperdício de alimentos. Em geral, esse problema se dá não pela falta e sim pela má distribuição dos recursos. Além disso, o descarte irresponsável poderá gerar impactos ambientais com efeitos diretos na vida das pessoas. Na atualidade, estando a tecnologia agrícola tão desenvolvida, com técnicas avançadas de plantio e transgenia, é absolutamente improvável que a causa da fome em diversos países, como o Brasil, seja a falta de alimentos. Isso aponta a questão para a forma desequilibrada com o qual esses alimentos estão sendo distribuídos à população, tendo como consequência o enorme desperdício. Uma parte considerável de tal desperdício se dá pelo transporte ineficiente dos alimentos, na maioria das vezes rodoviário, o que sobrecarrega as vias, gerando congestionamentos e - consequentemente - a prolongada maturação de produtos perecíveis. Posteriormente, o descarte inapropriado do lixo orgânico proveniente do que não foi aproveitado traz problemas tanto sociais quanto ambientais. Para solucionar a questão, são necessárias, primeiramente, políticas públicas que otimizem a distribuição dos alimentos, tendo foco principalmente em formas alternativas e eficientes de transporte. Além disso, considerando a parcela de alimentos que - inevitavelmente - acaba indo para o lixo, políticas que priorizem o aperfeiçoamento de técnicas de compostagem, produção de adubo e até mesmo biocombustíveis. Por fim, espera-se da população como um todo mais consciência no intuito de poupar os recursos do planeta, levando em conta as necessidades dos outros indivíduos.