Título da redação:

Desordem e progresso

Proposta: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 20/03/2017

Desde suas origens históricas, o Brasil colonial era um estimulante polo exportador, incentivado pelo enriquecimento de Portugal em detrimento da assistência social brasileira. Distante apenas por datas, a realidade atual trabalha com uma complexa desigualdade, baseada na fome e no desperdício do setor agropecuário, que precisam de mudanças no contexto econômico do século XXI. É fundamental analisar, em primeiro lugar, esse desaproveitamento. Com uma má gestão pública, o descarte inadequado de alimentos se torna cotidiano, com mais de 30% dos alimentos desperdiçados no território nacional, segundo a ONU ( Organização das Nações Unidas ). Além disso, a ausência de investimentos em programas sociais, como a Fome Zero, e em pesquisas contra o desperdício torna o Estado antagônico ao ideal democrático de Aristóteles - "devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade" - que defendia o auxílio aos desfavorecidos, como a parte da população sem acesso a recursos básicos, pensamento essencial para erradicar esse problema atualmente. Ademais, convém ressaltar a persistência de grande parcela da população sem acesso aos alimentos. Assim, com mais de 13 milhões de brasileiros passando fome, de acordo com a ONU, a mídia não retrata esse cenário nos jornais ou em páginas virtuais, além das escolas não trabalharem com políticas contra o desperdício e a ajuda humanitária, uma vez que, de acordo com Nelson Mandela, "a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo". Fica evidente, portanto, a necessidade de meios interventores na luta contra a desigualdade de direitos básicos. Para isso, é fundamental a ação dos Ministérios da Saúde e da Agricultura, conciliados com ONGs, na criação e ampliação de programas de combate à miséria, além de financiarem pesquisas de melhor aproveitamento agrário alimentício. A mídia pode criar ficções engajadas, como novelas e séries, e reportagens que retratem essa realidade e incentivem a mobilização social. Por fim, as escolas podem inserir na grade escolar aulas de cidadania e conscientização ambiental e alimentar para que, enfim, o Brasil seja reconhecido mundialmente pelas palavras estampadas em sua bandeira como reflexo de uma sociedade madura e justa.