O presidente Juscelino Kubitschek aumentou o número de rodovias com o intuito de integração do litoral com o interior do país, porém, infelizmente, essa medida não conseguiu garantir eficiência no transporte. Percebe-se, ainda hoje, falta de infraestrutura de qualidade- muito mais em áreas pobres- o que acarreta perdas irreparáveis de cargas alimentícias. A crescente e descontrolada demanda nas estradas não é acompanhada por investimento do Governo. Embora os números apontem que a quantidade de caminhões vem aumentando a cada ano, a verba para o Ministério dos Transportes diminui gradualmente. Prova disso é o corte de 40% do orçamento da pasta em 2015 que se reflete em um número de vias nacionais pavimentadas 20 vezes menor do que em países desenvolvidos. Por conta dessas tristes e precárias condições, muitos alimentos são perdidos. Isso se deve ao fato de que os materiais não suportam toda a viagem. Logo, é normal, ao se observar esses veículos, o acúmulo de vegetais e legumes em péssimas condições, animais mortos em meio a dejetos e uso de caixas totalmente impróprias para sua acomodação. É necessário, portanto, que o Governo Federal invista em meios eficazes de transportes para evitar tais desperdícios tão danosos. Para isso, deve-se estimular a criação de uma malha ferroviária extensa e exclusiva para cargas, e também vagões equipados com sensores de temperatura e pressão, assim como, o uso de fluidos anti-choque para evitar a perda de alimentos. Ainda, fomenta-se a criação de centros de entrega de comida à populações pobres e em áreas que não são, atualmente, alcançáveis por estradas de boa qualidade.