Título da redação:

Combate ao desperdício e a má distribuição da produção

Proposta: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 31/08/2016

“É uma terra muito fértil onde tudo que se planta, dá”. A frase de Pero Vaz de Caminha se refere a época do descobrimento do Brasil, rico em vegetação, terra fértil e água abundante até os dias atuais. Porém, em meio a tantas virtudes, é paradoxal que o país apresente um quadro significativo de desperdícios, principalmente de alimentos, e consequentemente dos insumos agrícolas. Essas perdas comprometem vidas e serviços e por isso medidas eficazes devem ser tomadas para evitá-las ao máximo. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), 3,4 milhões de brasileiros estavam em situação de insegurança alimentar em 2013. Ou seja, apesar de toda a riqueza e produção abundante no Brasil, ainda havia e há cidadãos sem acesso aos alimentos devido ao alarmante desperdício, 30% da produção total. Além disso, serviços e matéria-prima relacionados à agricultura, como energia, água e mão-de-obra, também apresentam perdas. Ao todo, isso resulta em porcentagens maiores do que a apresentada. Dessa forma, reduzir o desperdício é essencial ao consumir apenas o necessário, para que não falte a outras populações o que é produzido. A questão da produção agrícola é análoga a distribuição renda no país. Sendo um país emergente, o seu PIB é o suficiente para satisfazer de forma mais igualitária os seus cidadãos. Entretanto, o “país da fartura”, assim como concentra a renda, também concentra as terras agricultáveis. Por isso, parte da população não tem condições de manter uma alimentação adequada, que é às vezes inexistente, além de não ter acesso à produção de alimentos. Tudo isso agrava o problema da fome no Brasil. Portanto, é preciso combater as principais causas do desperdício e da fome no país. Como dito, os alimentos são suficientes, mas maus distribuídos. Assim, a melhor distribuição de renda proporcionaria aos cidadãos sem acesso os meios para suprir suas necessidades básicas, além da igualdade sobre as terras agricultáveis. Essa é uma função para o Estado a longo prazo. A curto prazo, programas de combate a fome, como o “Fome Zero” são importantes, e também a participação da mídia impressa e digital ao conscientizar a população a respeito do consumo excessivo e suas consequências. Dessa forma, a produção agrícola no Brasil seria melhor aproveitada e distribuída e a fome se reduziria gradualmente.