O Brasil, conforme o pesquisador da UERJ José Abrantes, desperdiça o correspondente a 150% do PIB. Isso ocorre devido à produção liberal, ao consumo exacerbado e à má distribuição de renda que têm por consequência impactos ambientais. O liberalismo presente no início do século XX no Brasil gerou uma superprodução cafeeira. A resolução para aumentar seu preço foi a queima do produto, o que ocasionou desperdício e a emissão de CO2, gás intensificador do efeito estufa. O desperdício também está presente no contexto capitalista atual, produzindo grande quantidade de lixo devido a uma característica intrínseca a ele, o consumo exacerbado, incentivado tanto pela mídia televisiva, quanto pela Internet. Enquanto, segundo o relatório Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012, 30% da produção agrícola brasileira são desperdiçadas, 13 milhões passam fome ou sofrem de desnutrição. Tal fato ocorre pela má distribuição de renda ainda persistente no país, que impede a população de até mesmo adquirir comida. Dessa forma, há um paradoxo no Brasil pois, existe fome ao mesmo tempo em que existe desperdício. É função do Estado o intervir na economia para impedir produções acima da demanda e junto a ele, as instituições de ensino fazendo palestras públicas contra o consumo desnecessário, mostrando os impactos gerados ao ambiente e qual deve ser o destino correto do lixo, além da educação, para que assim tenham maior renda.