Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável, cabe a ele escolher o seu modo de agir. Logo, com o avanço do sistema capitalista, recai sobre o homem o compromisso de tornar o mundo mais sustentável. Atualmente, a preocupação com a insegurança alimentar e a grande perda de alimento desde a produção até a consumação, seguida dos impactos naturais, refletem essa realidade. Seguindo o lema "Brasil, um país de fartura", é anormal tantas pessoas estarem subnutridas e morrendo de fome. A má distribuição, acompanhada de maus hábitos e falta de conscientização no preparo, consumo e descarte de alimentos, geram desequilíbrio tanto na vida social do homem, como no meio ambiente, visto que, o descarte incorreto de alguns alimentos geram consequências maiores, como por exemplo, poluição de água e solo, impossibilitando uma possível utilização dos mesmos, para produções futuras. Em vigência, o Código de Defesa do Consumidor (lei 8.137/90), em seu inciso IX, prevê crime contra as relações de consumo, qualquer forma de distribuição do que seria "impróprio ao consumo", tornando inviável o reaproveitamento de certos alimentos. Alguns estabelecimentos alimentícios cobram pelo desperdício dos seus respectivos clientes, entretanto, o número de adeptos à essa norma ainda é pequeno, bem como, o número de pessoas que fazem a devida separação do lixo orgânico e não-orgânico. Nesse caso, é preciso que os indivíduos assumam, sua responsabilidade no consumo e descarte consciente dos alimentos, além de uma revisão na lei 8.137/90 e especificação do que seria "impróprio ao consumo". Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar os problemas sociais e ambientais, construindo um Brasil mais sustentável.