Título da redação:

Aquele 1% desperdiçado

Proposta: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 31/07/2016

O planeta Terra possui mais de 70% da sua superfície coberta por água, e os 30% restantes, a litosfera, são distribuídos entre os diversos territórios. Segundo o IBGE, o Brasil tem uma extensão de cerca de 8515767 km². E, embora seja o 5º país mais extenso do mundo, aproximadamente apenas 8% da terra é utilizada para fins agrícolas. Mesmo com uma área produtiva tão diminuta, a produção agrícola é considerada notável, entretanto, o desperdício desta é destacado de forma preocupante. O desperdício de alimentos não é apenas a quantidade inutilizada que vai para os lixos dos domicílios, mas também pode ser considerado como perdido tudo o que foi utilizado para a produção: insumos agrícolas e mão de obra, e para o transporte, como exemplo, o combustível. Além disso, não existe desperdiçamento apenas nas residências. Existe também no decorrer do transporte dos produtos, na colheita e na venda. Portanto, esse fato é considerado demasiadamente complexo, visto que tamanho desaproveitamento atinge diversas camadas da dinâmica produtiva e comercial, e contribuem para o problema da fome que assola o país, a partir do momento que determinado item, em vez de ir para a mesa de uma família, vai para o lixo. O descarte de produtos desencadeia outra adversidade, quando pessoas, em busca de uma refeição, vasculham o local, ficando sujeitas a todo tipo de patologia. Ademais, o desperdício pode causar um grande impacto na natureza, uma vez que o processo de decomposição dos materiais orgânicos tem como produtos o gás carbônico e o metano, que têm grande potencial poluente. Além dos gases liberados pela decomposição, o descarte indevido pode causar o entupimento de bueiros, e também podem atrair seres que expõem o homem ao perigo, já que alguns deles, como cachorros, ratos e insetos são capazes de transmitir doenças. Ainda, a agricultura é uma técnica que requere muita água para se desenvolver adequadamente. Logo, no ato do ‘desperdiçar’ existe inclusive um não aproveitamento daquela água que foi utilizada no processo. Destarte, o desperdício atinge tanto a área social, ao afetar as pessoas, quanto a natural, ao comprometer o ambiente. A fim de cessar tal situação, os produtos orgânicos devem ser acompanhados e quantificados desde sua produção até seu destino, por setores governamentais e as empresas envolvidas, a partir de uma fiscalização rotineira em que os fiscais devem aplicar uma taxa, de acordo com a quantidade inutilizada, e, quando os fiscalizados retraírem a taxa de desperdício, devem receber incentivos para motivá-los, como a redução de impostos. Dessa forma, contribuímos para o fim da cultura do desperdício e para uma maior quantidade de alimentos disponíveis, o que tende a reduzir o obstáculo causado pela fome.