Título da redação:

Alimentos fora da mesa: dióxido de carbono na atmosfera

Tema de redação: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 20/08/2016

A fome tem se mostrado como um dos grandes problemas de saúde pública a ser resolvido, uma vez que, 4 milhões de pessoas no Brasil são consideradas desnutridas. Por outro lado, 20% dos alimentos produzidos são desperdiçados e, posteriormente, descartados para o ambiente – muitas vezes de maneira incorreta, provocando impactos no planeta. Nesse sentido, faz-se necessária mudanças nos procedimentos de manuseio de alimentos e também de políticas públicas, que permitam a doação desses produtos – que seriam descartados – para os 2% da população brasileira que sofre diariamente por conta da fome. O desperdício de alimentos, no Brasil, tem várias causas, sendo, o descuido nos transportes, a mais alarmante delas – representando 50% do alimento perdido. Além de encarecer o alimento que chega aos mercados e feiras – por conta da diminuição da oferta –, os alimentos despejados geram impactos ambientais, dentre os quais, a nível mundial, é traduzido pela terceira maior emissão de dióxido de carbono na atmosfera – no processo de decomposição da matéria orgânica. Nesse sentido, é possível e necessário desenvolver técnicas de melhor acondicionamento dos produtos no seu transporte e manuseio, visando diminuir notavelmente o desperdício dos alimentos e os decorrentes impactos naturais. Contudo, existe outro problema ainda mais grave: a fome no Brasil, que acomete, aproximadamente, 4 milhões de pessoas. Por outro lado, 3 milhões de toneladas de alimento são desperdiçadas nos supermercados e feiras todos os anos. Mas, ainda não é possível destinar esses alimentos àquelas pessoas, pois o Código de Defesa do Consumidor proíbe o direcionamento de alimentos, classificados como impróprios, para o consumo. A verdade é que, há um erro na classificação dos alimentos que sobram no mercado como impróprios, haja vista esses produtos serem bons e consumíveis. Com isso, o problema da fome, que poderia ser atenuado, enfrenta empecilhos jurídicos. Portanto, é evidente que o constante desperdício de alimentos, no Brasil, gera problemas ambientais e sociais. Para solucioná-los, é necessário que se desenvolva técnicas no transporte de produtos por caminhões, trens e navios – haja vista, o manuseio e transporte incorreto ser responsável pelo maior índice de desperdício –, as quais devem impedir que os alimentos estraguem ou caiam pelas estradas, trilhos e rios. Além disso, é preciso que seja colocada em pauta, como prioridade, a mudança no Código de Defesa do Consumidor no que diz respeito ao tipo de alimento que pode ser destinado às pessoas, a fim de que essa legislação não continue mais contribuindo negativamente com a fome no Brasil. Essas medidas podem colaborar com a diminuição dos impactos causados pelo desperdício de alimentos.