O Brasil por ser um dos maiores produtores agrícolas é também um dos países com maior índice de desperdício de alimentos. Os problemas causados vão além da perda dos produtos,sendo um dos maiores fatos que promovem a fome de parte da população. A sociedade não toma posicionamento quanto a isso, o que faz com que ocorra a perpetuação de uma cultura do desperdício. A linha de pensamento que mantém-se na sociedade, “melhor sobrar do que faltar”, torna claro que o tratamento quanto ao desperdício é quase nulo. Segundo o sociólogo Max Weber o modo que os indivíduos agem pode ser explicado pelo fato da ação tradicional, costumes adquiridos por tradições familiares, que são realizados quase que automaticamente. Portanto a cultura do desperdício vem sendo passada por gerações sem sequer ser percebida. Além disso, de acordo com o IBGE quase metade dos desperdícios tem origem do transporte e manuseio dos alimentos, tornando a comida mais cara, e assim gerando a fome. Um dos maiores problemas da sociedade não é causado pela escassez de alimentos e sim pela alta dos preços. As industrias e os agricultores devem manter um tratamento especial quanto ao desperdício para não precisar aumentar os preços e consequentemente deixar parte da população sem acesso aos alimentos. Torna-se claro, portanto, que a falta de um posicionamento crítico a respeito do desperdício acaba alarmando esse problema que vai muito além apenas da perda de produção. As famílias devem muito mais do que evitar o desperdício e sim promover o pensamento crítico nas crianças; aderindo uma dieta, junto a um nutricionista, que estabeleça horários e quantidades específicas para que não ocorram desperdícios; além de dar o exemplo, não desperdiçando alimentos, assim promovendo um consumo consciente. Já os agricultores devem reduzir o gasto de água e fertilizantes que promovem o alto preço do produto final; realizando um sistema de rotação de culturas no qual intercale o tipo de produção promovendo ao solo uma fertilidade duradoura.