Título da redação:

A comida deve ir para as pessoas, não para o lixo.

Tema de redação: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 22/06/2018

A questão do desperdício de alimentos clama por atenção e preocupação por parte de todos, já que este problema resulta em impactos imensuráveis. Deve-se, com isso, fazer uma análise de suas causas e consequências e propor uma correta e eficaz forma de intervir no quadro do uso descontrolado de insumos. Entretanto, por mais que o consumidor seja o principal culpabilizado pelo parco aproveitamento da comida, dados apresentados pela ONG Banco de Alimentos idicam que os momentos em que ocorre mais desperdício é durante o transporte e manuseio e no momento da comercialização do alimento, correspondentes à 50% e 30% da perda respectivamente, além dos 10% durante a colheita. Dessa forma, é evidente que o consumidor final tem, na verdade, responsabilidade por cerca de 10% do mal uso dos alimentos, o que deveria ser muito menos em um país que constantemente busca melhorar a qualidade de vida da população. Afinal, estes números demonstram o despreparo em todo o ciclo que o insumo passa e deixa de passar, o que resulta na fome de muitos que se veêm sem comida por conta de outros que não souberam manejá-la. Porém, é importante salientar que, por causa de uma lei, os restaurantes e locais de preparo de alimento possuem dificuldade na doação dos mesmos que não podem ser comercializados, mas sim consumidos, pois seriam legalmente responsabilizados por qualquer incoveniente que causarem à saúde. Além disso, atrelados a isso está o surgimento desenfreado de mais lixo e a participação na poluição do meio ambiente, já que, graças ao desperdício, todas as matérias-primas usadas até o momento da perda são também desperdiçados. Portante, é notório que medidas devem ser tomadas. Assim, é imprescindível que as escolas e universidades, com a ajuda da mídia, façam palestras e campanhas para conscientizar a população sobre controle e reuso e para incentivar os mercados e os consumidores a comprar de produtores locais, para a redução do uso de transportes e da degradação dos alimentos. Além disso, os transportes devem ser padronizados e acondicionados pelas empresas e os produtores devem receber treinamento e recursos tecnológicos para a colheita. Por fim, o Governo necessita agilizar a aprovação do projeto de lei de 2017 que permite a doação de sobra por parte dos restaurantes sem penalização. Assim, em vez de ter o lixo como destino, a comida irá para quem necessita.