Durante a ditadura militar no Brasil, havia uma polícia militarizada destinada a mantar a ordem e os interesses do estado, utilizando-se da violência para isso. Hoje, a atuação da polícia militar nas ruas demonstra que a constituição de 1988 nada alterou em tal instituição, que se mostra desumana e mal preparada. Constantemente, são noticiados, na internet e televisão, casos de policiais que agrediram ou abusaram da força em civis. Esses fatos têm sido comuns, em manifestações recentes que ocorrem no país, e refletem as violações de direitos sofridas pelos recrutas durante sua formação. Nesse aspecto, o curso é pautado na hierarquia e na disciplina, semelhante ao procedimento das forças armadas. Assim, o policial é preparado para a guerra em detrimento da manutenção da execução das leis. Desse modo, é totalmente desprovida de ética a conduta policial na sociedade, visto que utiliza dos mesmos procedimentos de coação para civis e criminosos. Exemplo disso é o caso do policial que quebrou o cassetete na cabeça de um estudante de ciências sociais, durante a manifestação geral acerca das reformas trabalhistas. É evidente, portanto, que existe a atuação de uma polícia treinada para matar, haja vista que seu código de atitude data do regime ditatorial. Assim sendo, cabe ao poder legislativo do Governo Federal, a formulação de uma PEC, proposta de emenda constitucional, visando uma mudança de estrutura na formação de policiais, implementando nesta maior carga horária nas disciplinas de direitos humanos e sociologia. Com isso, espera-se uma polícia mais preparada e ética.