A sociedade pode ser definida de acordo com um conjunto de associações que visam o bem comum. Nas vertentes, para garantia dessa harmonia, estão a polícia civil e militar. Essa última, com trabalho ostensivo e de combate, procura gerar determinada segurança. No entanto, algumas dessas características ferem desde a cidadania brasileira até os Direitos Humanos atreladas a níveis de hierarquia e o autoritarismo imposto, revelando a importância da desmilitarização da polícia militar do Brasil. De início, é válido lembrar que desmilitarizar é retirar o caráter de combate armado como primeira opção ligado às características do Exército e incentivar medidas táticas paliativas. Hoje, não há valorização dessas circunstâncias no treinamento dos policiais militares, que são submetidos a situações exaustivas e degradante à dignidade humana. Nesse contexto, o clichê "violência gera violência" ganha sentido nas práticas da polícia em comunidades. Um caso claro foi o da Claudia da Silva Ferreira, diarista e de uma favela carioca, que levou tiros e foi arrastada por uma viatura da PM após conclusões precipitadas com base na criação de uma concepção violenta dos policiais. Assim, a garantia à vida defendida pelos Direitos Humanos é minimizada e a Constituição Cidadã Brasileira é posta em cheque por não assegurar a segurança social com as repartições públicas. Ademais, a militarização da polícia representa uma desintegração entre partes do ciclo completo de treinamento e o aumento das competições internas com bases hierárquicas. Nessa situação, o respeito é conquistado por meio do autoritarismo de acordo com a função que o indivíduo exerce no meio militar, tendo umas mais status e poder do que outras. Da mesma forma, essas características são levadas à população a qual sofre repressões por níveis classificatório que vão desde a cor de pele até o local de moradia. Logo, falta de integração interna da polícia mantém o desrespeito moral e a desordem da sociedade. Portanto, a sociedade é regida por associações com direitos e deveres os quais tentam garantir o bem-estar social, sendo a desmilitarização ponto importante nesse âmbito. Para que isso ganhe mais relevância social, ONGs que lutem pelos Direitos Humanos somadas a grupos de policiais os quais busque mudanças devem promover campanhas e debates com estatísticas, relatos e testemunhas à formação da consciência social da necessidade de mudança constitucional para que a polícia aja de acordo com a democracia na sociedade atual. Além disso, uma nova administração precisa ser desenvolvida dentro do nível policial por meio de investimentos do Ministério da Segurança Pública a fim de humanizar e integra o diálogo dentro e fora da esfera militar.