Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Desmilitarização da polícia militar

Redação enviada em 03/11/2017

Segundo Jean Paul Satre, “a violência, seja qual for a medida que ela se manifesta, é sempre uma derrota”. Há uma grande sabedoria atribuída a essa frase quando diz respeito à hostilidade provocada pelos policiais militares e a sociedade. Dessa forma, discute-se no Brasil, contemporaneamente, a desmilitarização da Polícia Militar. Isso porque esse grupo de policiais possui raízes na ditadura militar brasileira e, ainda, encontram-se em situações de desvalorização do Governo. Os resquícios da ditadura ficaram intrínsecos na Polícia Militar, já que, nesse período, ela tomou para si toda a parte ostensiva, com postura repressora e abusiva de ataque. Nesse contexto, é notório, atualmente, esse comportamento dos policiais na sua atuação e no seu treinamento para formar novos agentes da segurança, visto que são induzidos, muitas vezes, à agressão e a não integridade humana, assim, desrespeitando os Direitos Humanos, demonstrando o Brasil como o país de tupiniquins, ou seja, aquele que preserva a cultura e possui visão atrasada. Essa situação torna esse grupo de policiais o que mais mata no mundo e também o que mais morre, segundo a ONU. Portanto, a desmilitarização da Polícia Militar não seria acabar com eles, mas sim uma união com os Policias Civis, provocando mudança de perfil no que tange a formação, o treinamento, a execução de tarefas e o cumprimento de objetivos. Além disso, o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal disse que esses policiais agem da maneira mais democrática possível. Todavia há um paradoxo evidente entre o que ele diz e o que a mídia mostra dos recorrentes casos de abuso de autoridade e do uso de força bruta nas abordagens policiais, inclusive nas manifestações que ocorrem nas ruas como, por exemplo, com o jovem estudante de Goiânia agredido por um cacetete, tendo traumatismo craniano e múltiplas fraturas. Sendo assim, baixos salários e, não raro, o despreparo psicológico da polícia para lidar com situações de extrema tensão acabam potencializando os erros e as consequentes mortes nas ações policiais, evidenciando a discussão da desmilitarização da Polícia Militar, visto que devido à baixa remuneração muitos deles prestam serviços por conta própria e são nesses momentos que a maioria deles morrem. Diante desse cenário, percebe-se que medidas são fundamentais para resolver o impasse da desmilitarização da Polícia Militar. Em função disse, faz-se necessário que o Governo promova propagandas em revistas, na internet e na mídia expondo a preocupante realidade brasileira entre polícias e sociedade, pela violência em excesso, a fim de esclarecer que a desmilitarização não é o fim da polícia, porém uma medida mais radical, uma vez que medidas de melhor treinamento, por exemplo, é proposta referente à Síndrome de Macunaíma, ou seja, o talento brasileiro de “dar um jeitinho”. Simultaneamente, a educação fornecida pela relação família-escola é imprescindível para que desenvolva, desde as fases iniciais, indivíduos com maior noção de discernimento, que saibam a importância da polícia para o bom funcionamento social e que sejam mais altruístas, praticando ações de bem com o próximo, minimizando a violência, pois, como disse Paulo Freire, “se a educação sozinha não pode transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”.