De raízes militares, a polícia militar (PM) tem como objetivo pôr ordem na desorganização social, seja em conflitos, revoltas e até mesmo em guerras. Já a civil, possui o lado investigador, perito e judiciário quanto aos crimes cometidos. Mas será que a desmilitarização é o caminho para unir as duas instituições e tornar a PM mais humana? Submetidos a treinamentos “desumanos” e associados ao Exército, os policiais militares são instruídos para a guerra e eliminação do inimigo, e não para o bem-estar e segurança de toda a população. Além de estarem ferindo os seus próprios direitos, ferem os da sociedade, muitas vezes matando e dando voz de prisão a inocentes. E, por serem de instituições separadas, as opções de carreiras são menores e presas somente naquela corporação. Deve-se destacar que existem desavenças entre a PM e a polícia civil, assim atrapalhando o andamento dos trabalhos de ambas as corporações e causando uma maior insatisfação nos policiais. Ademais, pesquisas feitas pelo Fórum Brasileiro e a Fundação Getúlio Vargas mostram que pouco mais de 70% dos policiais apoiam a desmilitarização devido as rivalidades internas, e também ao pouco rigor nos assuntos externos que cabem à vontade da sociedade, e maior austeridade nas questões internas. Diante dessa situação, é necessário que o governo comece e incentive o processo de desmilitarização de modo que os gastos públicos diminuam por serem voltados a uma só corporação, e o treinamento seja para respeitar os direitos dos cidadãos do nosso país.