No contexto brasileiro, é cada vez mais comum a divulgação de mortes de civis pela polícia militar nos meios midiáticos. É possível afirmar que o desarmamento dessa instituição é necessário, pois não somente as armas de fogo põem em risco a população, como também há outros meios de manter a segurança pública. Pode-se destacar, à princípio, a atual estrutura da política militar, na qual é baseada em treinamentos violentos e em maus tratos, além de ser extremamente hierarquizada. Essa forma de estruturação se reflete nos abusos de poder visto nas cidades, como mortes de minorias civis (como indivíduos negros) e na máxima de primeiro reagir para depois perguntar. Nesse contexto, o uso da arma de fogo não é a melhor conduta para garantir a segurança a dos cidadãos brasileiros, pelo contrário, as pessoas que deveriam ter confiança nos PMs passam a temê-los da mesma forma que temem os bandidos. Além disso, é comprovado estatisticamente que o uso do armamento não aumenta o nível de segurança dos indivíduos. A maioria dos policiais na Grã-Bretanha e na Noruega não fazem uso do porte de armas de fogo, mas de cassetetes e sprays de pimenta; o uso só é feito por unidades especiais, como as de combate ao terrorismo. À exemplo desses países desenvolvidos, o Brasil deveria se inspirar e procurar meios alternativos para manter a segurança nacional. O desarmamento da polícia militar é, portanto, uma medida para aumentar a segurança no país. Cabe ao Ministério Público investigar os casos de abuso pelos PMs contra os civis e encaminhar as provas para o Poder Judiciário. Além do mais, cabe ao Poder Executivo intensificar as campanhas a favor de desarmamento por meio dos canais midiáticos e convocar a população para opinar sobre o tema, como por meio de um plebiscito. Assim, não somente ocorrerá o desarmamento dos PMs, mas também uma reforma na estrutura da polícia militar, diminuindo o abuso de poder por essa instituição e evitando a morte de cidadãos inocentes.