A militarização da força policial, desde seu primórdio na colonização brasileira, sempre foi necessária, seja em favor da defesa territorial no período açucareiro ou até mesmo no asseguramento dos direitos dos cidadãos na contemporaneidade. Entretanto, infere-se que em pleno século XXI a PM tem subvertido o seu dever de preservação dos direitos constitucionais a fim de manter a ordem dos Estados. Logo, percebe-se que deve haver uma reestruturação no âmbito policial para atrelar, cada vez mais, a polícia aos anseios democráticos da população. Consoante a Carta Capital, mais de 70% dos policiais apoiam a desvinculação da polícia militar. Diante do exposto, é imprescindível salientar que a maior parcela de policiais ativos prefere a desmilitarização, visto que o concílio entre a força estatal e o âmbito militar promovem treinamentos inadequados para o ambiente civil, além de propiciar a ausência dos direitos trabalhistas. Um exemplo do resultado da militarização dos PMs relacionado a ausência dos direitos trabalhistas foi a greve em Espirito Santo que proporcionou uma onda de criminalidade na região, atestando a importância de uma força policial adepta para a área civil. Como afirmava Durkheim, uma força estatal firme contribui para uma harmonia social. Portanto, a militarização da polícia militar vai ao encontro do pensamento do sociólogo alemão, entretanto em solo brasileiro a união do campo militar ao policial proporcionou vários malefícios, seja o Massacre do Carandiru que matou 111 presos ou a atuação violenta da PM nas manifestações que permearam o ano de 2016, isso evidencia a necessidade da desmilitarização das forças policias no Brasil. Em suma, percebe-se que a erradicação do concílio entre força estatal e militar é um importante expoente de propagação da união do ambiente policial à população. Portanto, ratifica-se que o Poder Legislativo deve instituir o fim da militarização policial a fim de estreitar os laços entre sociedade e polícia. Somado a isso, as academias policiais auxiliarem na adaptação ao novo modelo policial com o intuito de coibir atos como o Massacre de Carandiru, e principalmente o Governo proporcionar direitos trabalhistas para os policiais, pois este é um direito universal a todos os cidadãos.