Atualmente, muito se discute sobre a desmilitarização da Polícia Militar, tal discussão divide a sociedade em dois polos: o favorável à desmilitarização e o contrário à mesma. É notável o sentimento de medo da população para com os PM’s, para que tal sentimento tenha fim é necessário a tomada de algumas medidas cabíveis, tendo como consequência a união da sociedade com a Polícia Militar. Sabe-se que a atuação da PM é caracterizada, principalmente, por sua forma violenta de intervir em algumas situações. Os movimentos populares são onde a violência policial vira manchete dos jornais. Um exemplo dessa problemática é visível na manifestação popular, mais conhecida como “Revolta do Vinagre”, ocorrida no início do segundo semestre de 2013, onde manifestantes e jornalistas foram vítimas da polícia. Tal violência é consequência de um treinamento que prepara os subordinados para situações de guerra e não para lidarem com situações cotidianas. Além de serem submetidos à esse tratamento, são organizados em níveis hierárquicos. É sabido que quanto mais próximo do topo o cargo for, maior é o salário do empregado, e sabe-se, também, que os policiais que mantém contato direto com a população são os que possuem salário muito inferior aos que quase não possuem contato com a mesma. É indispensável salientar que desmilitarização não é sinônimo de desarmamento. Paulo Freire em seu livro afirma: “Quando a educação não é libertadora, o oprimido quer ser opressor”. Portanto, é de extrema importância a reestruturação no treinamento policial, visando o respeito dos direitos humanos.