Desmilitarizar a polícia militar é retirar o vínculo da corporação com as Forças Armadas, sendo sua raiz militar voltada para casos de guerras ou conflitos. Desse modo, tal fator tornou-se alvo de discussões após o elevado grau de incidentes violentos envolvendo essa polícia, sendo que devem defender a sociedade. Assim, deve haver medidas para atenuar tal situação. No mês de fevereiro o Espírito Santo vivenciou a falta dos batalhões nas ruas, sendo assim gerou-se uma onda de assaltos, roubos e assassinatos. Como também, permitiu a população perceber a importância da polícia para combater o crime e garantir a segurança pública nas cidades. Além disso, a polícia tem maior potencial em garantir os direitos e a liberdade dos cidadãos, como um indivíduo poder andar nas ruas sem o perigo eminente de morte por criminosos armados. Não se pode negar que a violência alarmante realizada por policiais militares criou um espaço para a possibilidade da desmilitarização. Pode-se evidenciar por meio dos 111 presos assassinados em 1992 durante o Massacre Carandiru e a repressão aos protestos de Junho de 2013. Contudo, tais problemas são verificados pela formação militar, rígida e hierarquizada dos policiais, sem o devido comprometimento com a sociedade e a garantia dos direitos. Por conseguinte, necessita-se de uma polícia que defenda a população, e não apenas o Estado e seus detentores de poder. Vê-se, portanto, que a desmilitarização não é fator determinante para assegurar a cidadania do povo. Mediante isso, o Ministério da Justiça deve reorientar o trabalho policial para a proteção dos direitos humanos e da cidadania, por intermédio da criação de uma Escola Nacional de Segurança Cidadã. E ainda, o Governo Federal deve ampliar as punições para os policiais que descumprirem suas atribuições junto ao melhor convívio com os cidadãos, por meio de leis e políticas sociais.