Baixos salários. Péssimos equipamentos. Fogo cruzado. Ameaças de morte. E ainda assim, falta de reconhecimento. Essa é a situação de muitos policiais, principalmente os militares. O ambiente de formação das forças de segurança brasileira peca, assim como o ambiente de trabalho. O reconhecimento dos talentosos e a punição dos rebeldes pode melhorar a situação. A hierarquia militar, muitas vezes dita como meritocrática, nada tem de mérito. As promoções de cargo militares dependem da aprovação de superiores, geralmente majores e coronéis. A escolha, muitas vezes arbitrária, não motiva a melhoria dos policiais. Altas patentes, muitas vezes estáveis, podem promover aqueles com quem melhor se relacionam, ao invés de promover os que mais merecem, sem qualquer consequência. O mesmo sistema de gestão também pode abrir caminho para corruptos, que apoiariam outros corruptos. Sem incentivo para melhorarem, defensores da lei podem deixar de defendê-la. Não são raros os casos de abusos de poder de policiais militares contra inocentes civis. Agressões e até mesmo abusos sexuais já ocorreram. Mas mesmo com provas concretas contra eles, muitos continuam exercendo a função normalmente. Se rebeldias são permitidas sem qualquer punição, então o aumento no número de casos denunciados não será uma novidade. A implantação de sistemas de administração eficientes, que promovam o melhor de cada cadete, e que puna o pior de cada um deles, é um excelente caminho a ser seguido. As opções variam desde a desmilitarização da polícia militar, até o aumento de empresas privadas de segurança. Nelas, gerentes que não atendessem os objetivos da instituição seriam demitidos, qualquer ato de corrupção seria punido. Por esse motivo, elas mantêm alto grau de funcionalidade.