Desde 1992, quando a policia militar invadiu e matou mais de cem presos no Complexo Carandiru em São Paulo, a discussão acerca da desmilitarização da Policia Militar tem se intensificado no Brasil. O projeto de desmilitarização unificaria as policias civil e militar – que não responderiam mais ao exercito. Inúmeras seriam as consequências para a sociedade: a diminuição dos gastos públicos – com uma única instituição, menores seriam as quantias “perdidas” com burocracia, por exemplo. Além de que a força policial usaria menos a agressão como forma de defesa da sociedade, tornando-se mais próxima da população. Contemporaneamente no Brasil, o treinamento desses policiais é voltado para situações de guerra. Por este motivo, diversas vezes ouvimos que “A PM primeiro atira e depois pergunta”, nessas condições entre 2011 e 2015, morreram mais brasileiros em conflitos violentos do que na guerra civil na Síria. Diante desses fatos, podemos observar que a desmilitarização faz-se necessária. Mas antes, é preciso discutir o projeto com a população em palestras e debates em faculdades e escolas para que estes jovens não só se informem, mas transmitam informação em seus círculos sociais. No horário nobre da televisão em jornais, telenovelas e campanhas publicitárias. Ao Estado, por fim, cabe à convocação de um plebiscito a fim de que a sociedade decida seu futuro.