A desmilitarização tornou-se um dos principais temas debatidos na sociedade atual. Fatos como a atuação militar em algumas manifestações, em que foi utilizado uso de força desnecessária para dispersão dos manifestantes, o pensamento comum de que a policia é violenta, corrupta e desumana e a maioria dos relatos midiáticos dão suporte para a desconstituição. Contudo, com um olhar mais profundo sobre o tema, observa-se que esse caminho não é o mais propício. Um ponto levantado por muitos como justificativa para tal proposta foi a dificuldade financeira. Após a crise vivida no Brasil, o governo ainda tem dificuldade para mantê-la. Ações como corte de verbas e congelamento de salários só agravaram a situação, como ocorrido recentemente no Espirito Santo. Outra questão é a generalização dos casos de violação dos direitos humanos e o uso abusivo de poder que aparentam ser atitudes recorrentes, o que fortalece uma visão negativa da polícia. Entretanto, mesmo sendo acontecimentos de enorme importância, são isolados. Um dos projetos apresentados para aumentar a eficácia e o respeito é o ciclo completo, onde as instituições de segurança atuariam na prevenção, repressão e na investigação. Dados da Segurança Pública indicam que 80% das ocorrências são de menor potencial ostensivo. Portanto, conclui-se que o projeto do ciclo completo é a melhor proposta, sem a necessidade da desmilitarização. Com a aprovação do projeto pelo poder legislativo, com o apoio da população, todo o processo ocorreria no próprio local da ocorrência, evitando o uso da força física no deslocamento até a delegacia. Também pouparia tempo de deslocamento e agilizaria os processos, tornando-o mais eficiente.