O debate sobre a desmilitarização das policias no pais acendeu-se após a recomendação da ONU, frente aos dados de que o Brasil é o pais que mais mata e o que mais morre policiais militares. Assim, passou-se a discutir sobre a exclusão ou não das policias militares e civil, sendo criada uma única, com caráter civil, ou então, uma modernização de cada uma, objetivando o cumprimentos dos preceitos constitucionais. Temos que o treinamento dessas policias são com base na violência e nos maus tratos dos recrutas. Diante disso, defensores da exclusão do atual modelo de instituição da policia militar, acreditam que poderia ser evitado o reflexo de violência e desrespeito aos direitos humanos, e, sendo dado um caráter civil à nova policia, haveria melhora nas prestação do serviço e promoveria uma isonomia entre os servidores públicos. Em contrapartida, aqueles que são contra a exclusão do atual modo de formação das policias militares sustentando, primeiramente, que a organização da instituição com base na hierarquia e disciplina é uma forma de controle da enorme tropa. Além disso, esclarecem que a policia militar e civil possuem funções distintas previstas na Constituição, de modo que estas exercem a função de policia judiciaria e aquelas de policiamento ostensivo e manutenção da ordem pública. Diante de tais ideais, por fim, podemos concluir que erradicar a policia militar e mantê-la conforme atual modelo de organização, não é a melhor solução. O ideal seria a modernização das policias, conforme muitos já defendem, de modo que o trabalho da mesma seja exercido em respeitos aos preceitos do Estado Democrático de Direitos e observância dos direitos humanos. E, para isso deve-se proporcionar melhores condições de trabalho para os policiais, promover uma melhor infraestrutura e punição daqueles policiais que violem os direitos humanos, e promover o diálogo entre o Estado e sociedade, de modo a resgatar a credibilidade das instituições policiais.