Parte da sociedade, que sofre com o militarismo, clama pela desmilitarização da polícia, por considerá-la agressiva e desumana. Contudo, a atividade policial ostensiva é essencial para segurança da população. Porém, não há dúvidas de que precisamos de mudanças, de uma polícia mais humana, solidária e companheira do povo. Os militares ao ingressarem na polícia sofrem um verdadeiro adestramento psicológico. Desde o inicio, são expostos a situações humilhantes, degradantes e vexatórias, tornando-os, por conta disso, agressivos e indiferentes à população. No treinamento, eles são humilhados por seus superiores e, em nome da disciplina militar, a sociedade acaba recebendo os piores resultados possíveis, uma vez que, ao final, recebem policiais despreparados emocionalmente e apáticos ao seu semelhante. Todavia, os que mais sofrem com isso é o povo, os mais pobres e humildes, sendo eles a parte excluída da sociedade. Visto que, numa abordagem policial, eles serão, presumidamente, considerados bandidos, tendo vários dos seus direitos e garantias constitucionais suprimidos, e, na maioria da vezes, serão abordados de forma agressiva e desumana. Apesar disso, a presença ostensiva dos policiais militares na rua ainda é necessária. O trabalho ostensivo é essencial para o controle da criminalidade. Por exemplo, vejamos o atual caso de paralisação da Polícia Militar, no estado do Espírito Santo, ficando caótica a segurança pública daquele estado. Os lojistas tiveram suas lojas saqueadas pela bandidagem, e, até pela dita população de bem. Com a falta de policiamento ostensivo nas ruas a criminalidade tomou conta, sendo necessário a intervenção da Força Nacional para ajudá-los a manter o controle da segurança, até o retorno normal das atividades policiais. Posto isso, vimos que há necessidade de capacitarmos melhor nossos policiais militares. E para isto, o executivo deve elaborar um plano de ação em conjunto com os Ministérios da Justiça, da Defesa e do Planejamento para criar um novo modelo de treinamento desta polícia, deixando-os mais humanos e menos militares, promovendo, assim, uma nova geração de policiais solidários e companheiros da população.