A disciplina militar, que se solidificou com a ditadura de 64, se manteve nas décadas seguintes, quase inalterada. Tal disciplina está inserida na instituição da Polícia Militar vigente, que age junto com a Civil, servindo os mesmos propósitos, que é assegurar a segurança dos cidadãos, porém com uma metodologia que entra em choque com a realidade da cidadania e liberdade. A transposição entre militar e policial acarreta em dificuldades de adaptação, pois a ética e a moral, componentes da disciplina, são afetadas. Com isso, o policial militar, ensinado para a guerra, precisa lidar com civis e criar seu próprio código de conduta a partir de suas experiências. Exemplos comuns são os vários relatos de abuso de poder, desrespeito aos direitos humanos, tanto por parte de militares com a sociedade, quanto entre si, dado ao treinamento disciplinar que recebem. Diante disso, a relação entre a instituição de base militar e a sociedade se intensifique, sendo necessário a inclusão de um novo código de conduta moldado de acordo com os princípios vitais da organização social, mas não se desvirtuando por completo do aprendizado militar, que vem a ser adaptado ao novo código. Cabe também salientar que, apesar da conduta entre a instituição Militar e a Civil ser igualada, não significa que devam ser unificadas. Portanto, a necessidade que se verifica é da adequação do modelo militar ao civil em pró a uma relação mais humana entre a ordem e o meio social, fazendo com que aquele se desvencilhe do modelo de combate para um modelo de segurança. Através de uma emenda constitucional é fundamental o pedido de reavaliar o código militar vigente na instituição policial e sua modificação.