Título da redação:

Descriminalização do mal

Tema de redação: Descriminalização da maconha: evolução na garantia dos direitos individuais ou ameaça à juventude?

Redação enviada em 23/09/2015

Diminuição das sinapses cerebrais, memória prejudicada, sérios problemas pulmonares, queda dos níveis de testosterona e diminuição na contagem de espermatozoides. Esses são algumas das possíveis consequências do uso da maconha. Com tantos malefícios, não há razão para descriminalizar o uso. Há um discurso que contesta a legalidade do álcool e do cigarro, pois ambos fazem tão mal quanto a maconha, se não mais. A questão é que, para a população em geral, o uso desses produtos já faz parte do ritual de socialização das pessoas, inclusive são incentivados pela mídia. No caso da maconha, a descriminalização do uso com o tempo iria trazer a legalização da droga, e obviamente os fornecedores tornarão do uso um hábito social com campanhas publicitárias e filmes, por exemplo. Viciar pessoas em seus produtos é extremamente lucrativo. Alguns podem contradizer com o argumento que a maconha não vicia quimicamente, só causa dependência psicológica, mas o problema é que qualquer dependência é perigosa. A psicológica pode causar na abstinência depressão, transtornos de personalidade entre outros tipos de psicoses. A descriminalização é claramente uma ameaça a juventude. Outro argumento a favor da descriminalização, é que vários jovens que são pegos em flagra com maconha acabam sendo fichados como usuários, e isso dificulta na hora de arranjar emprego, por exemplo. Também há a liberdade individual, que alguns dizem estar ameaçada. No caso, devemos ter claro que a sociedade como conhecemos hoje só existe por termos leis para mantê-la organizada. Algumas leis delimitam atos de alguns em prol da maioria, como citaria o filósofo inglês Spencer “minha liberdade termina onde começa a dos outros”. A maconha tem também o seu uso para a produção de medicamentos, que é essencial e deveria ser liberado, porém apenas para laboratórios. No caso do uso medicinal em forma de cigarro de maconha, continua prejudicial, pois há diversas substâncias tóxicas e a fumaça afeta diretamente os pulmões. Algumas propostas podem ajudar, como, a curto prazo, ao invés de descriminalizar o uso, impor três chances do usuário que for flagrado com a droga não ser fichado por tempo indeterminado, recebendo no primeiro flagra uma advertência verbal, no segundo realizando medidas socioeducativas como distribuição de cesta básica e no terceiro já sendo detido e fichado. A médio e longo prazo, uma educação de qualidade nas escolas com uma política antidrogas, explicando a crianças e jovens os perigos das drogas em geral deve diminuir drasticamente a quantidade de usuários. A educação é sempre a melhor forma de prevenção.