É notório que, hodiernamente, a discussão a respeito da participação dos jovens no tráfico de drogas tornou-se arraigada entre a sociedade e as autoridades responsáveis pela segurança pública, principalmente em países onde a taxa de crimes é bastante elevada, como é o caso do Brasil. É louvável que parte da população queira, a curto prazo, erradicar os problemas do tráfico tendo como uma das medidas a descriminalização da maconha, entretanto, essa solução poderá causar graves danos à juventude. De acordo com a Lei de Tóxicos, portar ou utilizar drogas em desacordo com a determinação legal é crime. Porém, para aqueles que são favoráveis a legalização da Cannabis sativa (nome científico da maconha) essa lei é inconsistente, haja vista que diversos países como: Estados Unidos, Uruguai, Argentina e Colômbia já descriminalizaram o porte e o consumo da droga. Logo, o Senado começou a discutir o tema depois que cerca de 20 mil pessoas apoiaram a iniciativa popular que sugere a regulação do uso recreativo, medicinal e industrial da Cannabis no Brasil. Todavia, é importante ressaltar que diversos países tiveram graves danos após a liberação de drogas. A Suécia, por exemplo, foi um dos primeiros países a legalizar o consumo de entorpecentes e, após alguns anos, a taxa de dependentes químicos cresceu de forma desenfreada no país, em 1969 as autoridades decidiram proibir novamente o consumo de drogas, criando leis severas aos indivíduos que as violassem. Além disso, são inúmeras as consequências que pode ocorrer com a descriminalização no Brasil como a venda clandestina do produto, os usuários podem partir para outros entorpecentes ilícitos e ainda mais danosos à saúde em busca de maiores prazeres alucinógenos e gastos elevados na saúde pública para tratar os viciados. Diante do exposto, percebe-se que a descriminalização da maconha poderá ameaçar a juventude no Brasil. Portanto, urge a necessidade de uma maior participação da sociedade, juntamente com as autoridades responsáveis pela segurança pública no combate às drogas, nessa perspectiva, os legisladores devem adotar medidas que tragam benefícios à sociedade. Logo, um policiamento mais eficaz em regiões comandadas pelo tráfico, por exemplo, seria um meio de diminuir o poder dos criminosos, ademais, implementar em escolas, disciplinas sobre os malefícios das drogas e como as crianças e adolescentes devem fazer para evitar o contato com elas, são ações formidáveis para reduzir significativamente o tráfico de drogas e os usuários no Brasil.