Título da redação:

Descriminalização da maconha: malefícios > benefícios

Tema de redação: Descriminalização da maconha: evolução na garantia dos direitos individuais ou ameaça à juventude?

Redação enviada em 18/03/2017

Nota-se, no contexto brasileiro, que a ‘cannabis sativa', conhecida popularmente por maconha, disseminou-se na sociedade rapidamente como fonte medicinal e de prazer, uma vez que o seu ‘boom’ ocorreu no século XX, período de inúmeras epidemias e casos de depressão, como a varíola e crises de ansiedade. Desse modo, o seu consumo originou uma ameaça à juventude e riscos à saúde com o passar do tempo. Dessa forma, diversos países criminalizaram o uso, mas a polêmica sobre a necessidade ou não dessa medida ainda perdura. Vale ressaltar que a retirada da droga do meio judicial não a torna menos prejudicial. No tocante à ameaça à juventude, a descriminalização da cannabis acarreta na maior facilidade para o comércio do insumo, visto que muitas empresas produzirão em grandes escalas no afã de promover maior lucro, assim como na Colômbia, país do maior narcotraficante da história, Pablo Escobar. Dessa forma, o índice de jovens viciados nessa substância aumentará, pois não haverá barreiras para a compra, dado que mais de 75 mil estudantes do ensino fundamental assim já fazem, conforme o IBGE. Destarte, ser mais convidativo a aquisição em supermercados. “Maconheiro é louco para dizer que maconha não vicia nem faz mal”. Partindo dessa premissa e mito, a utilização desse elemento traz efeitos adversos que são riscos à saúde. A partir daí, pesquisas realizadas por pesquisadores americanos apontam dependência, alterações cerebrais, performance escolar prejudicada e outros, posto que jovens apresentam mais sintomas de dependência do que adultos, estes que se tornaram usuários na adolescência apresentam menos conexões entre neurônios, além de interferir nas funções cognitivas críticas. Em contrapartida, os canabinoides naturais ou sintéticos desempenham papel importante na modulação da dor, controle dos movimentos, formação e arquivamento de memórias e até na resposta imunológica, benefícios essenciais para muitas pessoas com doenças, como esclerose múltipla. No entanto, apesar dos efeitos benéficos apontados no programa Bem estar, também é dito que a imensa maioria dos usuários não o faz com finalidade terapêutica, mas recreativa. Contudo, a legalização do uso da cannabis é potencialmente perigosa na sociedade brasileira. Sendo assim, é necessário a criação de políticas públicas, como campanhas, com atuação de profissionais da saúde para conscientizar a população dos danos causados pelo entorpecente e maior fiscalização para combater o narcotráfico. Assim sendo, o Brasil, além de estar em busca do desenvolvimento nacional e mundial, oitava meta do milênio da ONU, assegurará o direito à vida digna, preconizado na Constituição Federal de 1988.