Na Bélle Époque, a maconha era usada por diversos artistas e escritores, principalmente como fármaco para tratar doenças respiratórias e aliviar dores. No Brasil, atualmente, o uso da maconha é proibido e levanta diversas discussões sobre os efeitos da sua legalização na economia e na saúde dos envolvidos. A aparente vantagem da descriminalização da droga seria no controle econômico, sendo que a substância sairia da clandestinidade e passaria a ser regulamentada por lei, diminuindo assim o contrabando. Isso também favoreceria o desenvolvimento de pesquisas em torno dos efeitos da cannabis, facilitando o tratamento de diversas doenças. Na Califórnia, estado norte-americano, é legalizado o uso medicinal da droga; no Brasil pela falta de uma regulamentação, pacientes continuam a sofrer problemas de saúde que poderiam ser aliviados pelo seu consumo. Na obra “As Portas da Percepção”, Aldous Huxley narra as sensações que sentiu quando consumiu droga, ele discute como a substância alterou sua visão sobre o mundo. De forma semelhante atua a cannabis modificando a percepção do cérebro, para assim aliviar dores e distúrbios causados pelo sistema nervoso. Porém, o fato da droga ajudar em tratamentos não a torna menos nociva ao ser humano, pois quando usada em demasia, gera dependência e favorece o acesso às drogas mais pesadas. A legalização ainda gera muita controvérsia, porque a sociedade tem demonstrado dificuldades em cumprir leis sobre drogas lícitas. Infere-se que é importante a mobilização do Estado e da sociedade na regulamentação da droga. Cabe ao Governo criar uma lei que sancione o uso medicinal da maconha e amplie centros de reabilitação aos dependentes. A escola deve criar palestras que envolvam pais e alunos sobre os efeitos da cannabis na saúde e sobre o risco de sujeição. Além das famílias continuarem lutando pela liberação de medicamentos a parentes, para que assim o Brasil seja referência no tratamento medicinal da cannabis.