Título da redação:

Baseado na Lei

Proposta: Descriminalização da maconha: evolução na garantia dos direitos individuais ou ameaça à juventude?

Redação enviada em 28/09/2015

O contra senso da guerra às drogas no Brasil, não apenas corrobora para fragilidade democrática, como também evidencia e legitima a hierarquia social no país. Sendo explícito a incongruência entre Constituição Federal e Código Penal do Estado. Onde a tônica é arbitrar condutas punitivas discriminatórias. Portanto, tendo a liberdade de escolha individual amparo constitucional, tal garantia, encontra-se usurpada pelo Código Penal no instante em que é vetado o direito do indivíduo consumir a cannabis. Indo na contramão de países mais desenvolvidos, como Amsterdã, por exemplo. Trazendo à tona os paradigmas e incoerências de uma sociedade nitidamente subdesenvolvida. Contudo, faz-se presente no cotidiano das periferias brasileiras uma crescente inserção dos jovens no submundo do tráfico, situação que, combinada ao desejo de consumo amplamente difundido pelas mídias como referencial de felicidade, tece a teia da marginalização. Onde o estado "democrático" de direito pune apenas a parte mais rasa da cadeia hierárquica do tráfico, que decerto, seria a mais beneficiada com a legalização. Obtendo fonte de renda legal e desvinculando-se do tráfico. Inegavelmente, o que espera-se de uma sociedade minimamente civilizada em relação à maconha é: políticas públicas de conscientização de possíveis danos à saúde, com enfoque nos jovens; controle do consumo semanal, tendo como limite 1Kg por pessoa; livre plantio para uso individual e coletivo, para fins religiosos, recreativos e medicinais.