A ideia da Legalização da Maconha não é nova no Brasil. O debate acerca do tema periodicamente ganha status na Sociedade Contemporânea e se torna ainda mais intenso em Períodos Eleitorais. As opiniões e argumentos são diversos e muitas vezes conflituosos, somada a inexistência de um projeto efetivo e convincente sobre todas as prerrogativas que apontam para a solução do problema do narcotráfico. Os resultados do uso da Maconha vai muito além dos efeitos psíquicos que o usuário experimenta. Estudos demonstram que uma porcentagem expressiva de usuários de Crack começaram consumindo Maconha e esse deslocamento de consumo se faz com o aval do analfabetismo, da restrição de informações e sob a ótica do preconceito e da marginalidade. A Maconha ainda é "ponte" para outras drogas e esta realidade ainda acontece porque o Estado e setores da Sociedade insistem em lidar com o problema, quando deveria analisar as causas dele. Não se vê uma estrutura física adequada para suportar tal Legalização. Tampouco uma estrutura jurídica e moderna capaz de atender a grupos específicos. As instituições não priorizam a ideia de que o uso discriminado de drogas como a maconha pode ser resultado de um Estado ausente e ineficiente em comunidades marginalizadas por fatores sociais diversos. Uma Cracolândia, por exemplo, é o resultado final de uma vida inteira de uma Educação frágil e desigual; de ausência de planejamento estratégico e jurídico. Portanto, antes de Legalizar o Estado deve preparar uma Sociedade que consiga suportar tal ação. Esta questão se encontra no universo da educação, razão pela qual o Estado tem papel crucial na resolução desse problema. O Estado deve reformular a Educação de base, conscientizando e promovendo um debate público acerca de um projeto bem formulado e seguro sobre o tema. Além de investimentos em pesquisas específicas e de propagandas que incentive uma postura tolerante para com os atuais usuários.