Título da redação:

A maconha não é inofensiva

Tema de redação: Descriminalização da maconha: evolução na garantia dos direitos individuais ou ameaça à juventude?

Redação enviada em 03/10/2015

Há uma certa resistência por parte do Estado quando o assunto é a descriminalização da maconha e no âmbito social esse assunto ainda gera muitas discussões. Afinal, a legalização da maconha seria uma alternativa para diminuir com o tráfico de drogas e garantir a liberdade do indivíduo ou um estimulo para que aumente o número de usuários, entre eles, os jovens. Estima-se que mais de 1,5 milhões de brasileiros fumam maconha diariamente, e a razão para essa grande quantidade de usuários é que estes acreditam que seu uso é inofensivo, no entanto, segundo Ronaldo Laranjeira, diretor do INPAD (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas) afirma que encarar o uso da maconha com leniência é uma tese equivocada, arcaica e perigosa, uma vez que a “cannabis” poderá a longo prazo apresentar sérias consequências ao indivíduo, tais como: falta de memória, ansiedade, problemas cerebrais que podem ser duradouros, principalmente se o inicio se deu na adolescência. Ademais, o indivíduo quem tem acessibilidade à maconha, poderá ter facilmente às outras drogas. Ativistas, alegam que não há riscos de aumentos dos usuários e com a legalização da maconha diminuiria o tráfico de drogas, uma vez que a maconha seria cultivada dentro da lei e industrializada. A oferta aumentaria e o preço cairia, tornando-se inúteis os traficantes. A realidade, porém, é totalmente diferente, há uma probabilidade muito grande de o mesmo traficante dessa substância ser também de outras drogas ainda mais prejudicais à saúde e integridade física do indivíduo e, assim como acontece com o uso irresponsável e prematuro do álcool, seu uso seria considerado normal e banalizado entre os jovens brasileiros, uma vez que sem medo de castigos e sermões estes levariam essa substancia para escolas, festas, lugares públicos, sem que tenham que se esconder ou evitar o consumo. Informações sobre as causas a longo prazo da maconha se faz necessário em escolas, faculdades, televisões e internet. É essencial que o Estado garanta em escolas palestras com psicólogos, psiquiatras, ex dependentes, cujo o uso começou com a maconha e avançou para outras drogas. Cabe ao Estado reformular a lei a favor dos usuários, não com a sua liberação total, mas um pouco tolerável, isto é, ao invés de banalizar o indivíduo, criarem programas sociais para a sua reabilitação, investir em casas de repouso e na área da saúde mental, uma vez que o usuário que procura a maconha para se sentir bem e relaxar, pode apresentar alguns problemas psicológicos, tais como transtorno mental, ansiedade e indícios de depressão.