A minissérie da rede Globo ‘’Aruanas”, retrata a luta de mulheres de uma ONG contra uma empresa extrativista que ameaça a biodiversidade e as comunidades indígenas presentes na Amazônia. Infelizmente, tal situação não ocorre somente na ficção, sendo essa uma realidade no Brasil, haja vista a reincidência de crimes ambientais causados por grandes corporações. Desse modo, para evitar que tragédias como as ocorridas pelo rompimento de barragens no estado mineiro, continuem ocorrendo, é preciso analisar aspectos socioeconômicos e a atuação governamental. Em primeiro lugar, destaca-se que o incentivo financeiro indiscriminado das grandes empresas é uma das causas desse problema. O que, conforme Karl Marx, é consequência do capitalismo, no qual a busca por lucros ultrapassa valores ético e morais. Dessa forma, crimes como os ocorridos pela mineradora Vale, que negligenciou as medidas necessárias para manter a segurança de seus empreendimentos, devido ao custo para isso, tornam-se recorrentes. Outra preocupação vigente é a passividade governamental na prevenção de crimes ambientais. Nesse sentido, após o rompimento da barragem de Mariana, nenhuma medida foi tomada, permanecendo impune os responsáveis, o que propiciou o acontecimento de um novo desastre, dessa vez em Brumadinho, em menos de três anos depois. Sendo assim, a falta de fiscalização de órgãos ambientais e de leis mais rígidas colocam o país em situação de risco, ameaçando a população e a biodiversidade nele presentes. É indubitável, portanto, a extrema necessidade de se combater a reincidência de crimes ambientais no Brasil. Para isso, cabe ao Estado estreitar as leis já existente, criar novas especificas para cada tipo de crime ambiental e, adotar uma maior fiscalização nas empresas extrativistas com a aplicação de elevadas multas para aquelas que não seguirem as normas, com o intuito de conscientizá-las e de se preservar a vida.