Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Desastre em Brumadinho e a gravidade da reincidência dos crimes ambientais

Redação enviada em 04/07/2019

É incontestável que a harmonia entre o desenvolvimento econômico e o meio ambiente promove uma melhor qualidade de vida à sociedade. Todavia, quando se observa os recentes desastres ambientais provocados pela ação antrópica, como os de Brumadinho e Mariana, nota-se que tal coesão não é uma realidade em território nacional, uma vez que, em razão da ineficiência governamental, aspectos econômicos estão em desarmonia com o meio ambiente. Nesse sentido, convém analisar as causas e consequências dessa problemática. Em primeira análise, cabe pontuar que a falta de fiscalização estatal é um dos principais fatores que colabora com a reincidência de crimes ambientais, visto que, apesar dos grandes impactos causados pelo rompimento da barragem de Mariana, a inércia governamental no que tange a atuação efetiva para a prevenção de novos crimes foi responsável pelo recente desastre ocorrido em Brumadinho que, segundo dados do G1, deixou 201 mortos, 107 desaparecidos e causou a devastação de uma extensa área de mata, causando a morte da vegetação e fauna local. Desse modo, percebe-se que há a necessidade de se criar políticas públicas que visem atenuar esse impasse. Ademais, convém frisar que, em consonância com a inabilidade estatal, a priorização de interesses econômicos em detrimento de aspectos ambientais contribui com a incidência de tais impactos, haja vista que, a fim de reduzir gastos, determinadas empresas mineradoras, como a Vale, utilizam métodos de extração e deposição de resíduos de baixo custo. Conquanto, tal economia mostra-se nociva à sociedade, já que, em virtude da fragilidade desses processos, há um aumento na possibilidade de ocorrer desastres. Consoante o pensamento do ativista Gandhi, de que o mundo é pequeno demais para satisfazer a ganância da humanidade, observa-se que, no Brasil, o desejo de crescer economicamente sobrepõe o de preservar a vida e o bem-estar da sociedade. Dessa forma, depreende-se que há a indispensabilidade de se buscar meios efetivos para suprimir esse problema. Destarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para mitigar essa problemática. Para isso, é imprescindível que o governo federal, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, intensifique a fiscalização de empresas que possuem o potencial de causar graves acidentes ao exercerem suas atividades, com o objetivo de prevenir novos desastres e preservar a vida em meio social, por intermédio de políticas públicas que visem implementar supervisões periódicas nessas empresas, realizadas por engenheiros especialistas, e, caso necessário, propor métodos alternativos para a extração e deposição de materiais e resíduos, como o processamento a seco que reduz significativamente os impactos negativos de eventuais acidentes em processos de mineração, com o propósito de que o tecido social, enfim, possa conviver de maneira harmônica com o meio ambiente.