O relacionamento interpessoal estudado pelo sociólogo Max Weber teve alterações significativas com o desenvolvimento das tecnologias e dos meios de comunicação. Nesse contexto, pessoas com deficiência auditiva poderiam ter sido beneficiadas com a sua inclusão facilitada em vários segmentos sociais, como escolas e universidades, não fosse o preconceito e exclusão que persiste na sociedade brasileira. Pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a maioria da população surda do país é discriminada quando adentra o sistema educacional. Um exemplo claro, nesse sentido, é o preconceito que os jovens surdos sofrem no processo de educação inclusiva, pois precisam estudar no mesmo ambiente que alunos não portadores da deficiência. Ademais, há a dificuldade de compreensão das aulas tendo em vista a falta de professores de libras para fazer a interpretação. Como resultante, os índices de matrícula de estudantes surdos no sistema de educação básica e nas universidades tem diminuído nos últimos anos, segundo dados do Instituto Nacional de Educação e Pesquisa (INEP). O desenvolvimento econômico e social do país vai sendo, assim, prejudicado aos poucos. Pois, sem educação de qualidade essa parcela da população não consegue adentrar no mercado de trabalho ficando dependente de verbas federais e excluído de atividades sociais. Sendo assim, é necessário que o Governo do Estado promova campanhas midiáticas, por meio do tempo de concessão nos canais televisivos, orientando a população sobre o respeito necessário para com as pessoas surdas. Ademais, políticas públicas que visam incluir e apoiar essas pessoas no processo de inserção no mercado de trabalho será de grande importância.