A constituição brasileira garante, como dever do estado e da população como um todo, educação de qualidade a indivíduos com surdez. O que se determina na lei, contudo, não condiz com a realidade. É cada vez maior o abismo existente na formação de pessoas surdas e não surdas. Em primeiro lugar, destaca-se o preconceito. No Brasil, embora seja um mito, ainda é muito enraizada a ideia de que os deficientes são inferiores. Como consequência, estes são negligenciados em diversos fatores, desde educacionais até físicos, o que, eventualmente, lhes acarretará problemas educacionais. Além disso, evidenciam-se a falta de verba às escolas e o despreparo dos professores. Muitas delas não têm a infraestrutura necessária para atender os deficientes auditivos e, quando a têm, os mestres não sabem como lidar com a situação. Ademais, há falta de incentivos aos surdos tanto no ambiente escolar quanto no familiar, agravando ainda mais suas dificuldades. Fica notório, portanto, que diversas modificações devem ser feitas. No plano social, os pais, juntamente com a escola, devem dar suporte ao processo de aprendizado de seus filhos. Já na esfera nacional, os órgão reguladores devem fiscalizar e exigir dos colégios o cumprimento da lei. O tribunal de contas deve rever o repasse de verbas à educação, uma vez que elas não têm se mostrado suficientes. Por fim, deve-se mudar a forma de lecionar através da introdução de tecnologias nas aulas, unindo mais os alunos. Aliás, segundo o filósofo grego Heráclito de Éfeso, "Nada é permanente, salvo a mudança"