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Redação sem título.

Proposta: ENEM 2017 - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Redação enviada em 06/11/2017

Desde as civilizações medievais antigas, até as tribos indígenas mais contemporâneas, permeava-se o culto de descartar crianças portadoras de alguma anomalia, uma vez que essas eram consideradas como punição, castigo das divindades. No contexto atual, tal hábito ficou para trás e, conquistas foram obtidas para os deficientes físicos. Entretanto, o Estado, infelizmente, encara problemas na garantia á educação aos surdos do país. Em primeira análise, cabe pontuar as consequências do problema em questão para a sociedade. No ano de 2002, a língua brasileira de sinais -LIBRAS- foi aceita como uma das linguagens oficiais do país. Atualmente, 15 anos após tal feito, poucas instituições de ensino no território brasileiro possuem profissionais habilitados na língua, evidenciando a falta de preparo da pátria perante essa questão. Diante desse impasse, uma vez que o indivíduo não consegue prosperar na vida por meio da educação, o mesmo passa a depender mais das políticas públicas, culminando em problemas tanto de âmbito social, como a depressão, quanto no âmbito governamental a proporção que cabe ao Governo a manutenção de tais políticas. Assim, verifica-se aqui, como verdadeira a prerrogativa de Newton, em sua terceira lei da física: "para cada ação, existe uma reação". Outrossim, vale ressaltar que o número de deficientes auditivos matriculados em escolas brasileiras, cai progressivamente. Há décadas, Albert Einstein já havia desvelado os entraves do combate ao problema em questão ao dizer que é mais fácil dissociar um átomo do que um preconceito. Dentro dessa lógica, a discriminação sofrida por portadores da surdez no ambiente escolar, constitui-se, possivelmente, como principal causa de desistência da vida acadêmica por parte desses jovens. Sob esse viés, a escola falha em proporcionar a inclusão dos deficientes auditivos com os outros alunos, fisiologicamente, considerados normais. Urge, portanto, a necessidade de se atenuar a problemática. E para isso, é imprescindível que os órgãos públicos responsáveis criem projetos de lei que tornem obrigatória a formação de todos os acadêmicos na linguagem das Libras, em suas respectivas graduações, para que no futuro a deficiência auditiva não seja um problema para a inclusão do cidadão em sociedade. Ademais, as escolas devem promover palestras, visando desconstruir todo e qualquer pensamento de caráter discriminativo no ambiente escolar. Portanto, a luta é pedagógica. Afinal, Nelson Mandela já previa isso, ao dizer: "A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo".