A Língua Brasileira de Sinas (libras) é a segunda língua oficial do Brasil, contudo, não existem cursinhos para se ensinar libras como existe da língua inglesa, por exemplo. Isso demonstra o tamanho da dificuldade encontrada pelos surdos, não apenas de comunicação, mas de aprendizagem. A falta da disseminação dessa linguagem, dificulta o próprio processo de ensino-aprendizagem daqueles que a tem como fala: os surdos. A falta de conhecimento dessa linguagem inicia-se na formação dos próprios docentes. Isso se dá pela falta da valorização da libras, que maioria dos cursos de licenciatura, é apenas um componente curricular. Nesse caso, os futuros docentes aprendem o básico, como um "bom dia" ou "desculpe", não existe um aprofundamento e consequentemente, não são formados docentes preparados para ensinar um surdo. Em muitos casos, não se tem o cuidado de ensinar esses futuros profissionais formas didáticas e coerentes com a realidade dos discentes. Que necessitam de mecanismos distintos de aprendizagem. A aprendizagem que ocorre não só na sala de aula, mas no convívio social, na utilização de material didático e na utilização do espaço escolar como um todo. E, assim como grande parte da sociedade não sabe libras, dificultando o convívio social. As escolas, em sua grande maioria, não possuem um espaço adaptado a esses discentes. Faltam equipamentos de multimídia e até mesmo interpretes, caso que já foi denunciado por grandes jornais online, como o G1, e que mesmo assim continuou sendo uma realidade. Felizmente, aos poucos as melhorias vão sendo feitas e são observadas nos números, que segundo o INEP, a matricula de surdos no ensino regular no ano de 2010 chegou a cerca de 72 mil indivíduos, 7 mil há mais do que em 2007. Entretanto, é necessário um maior investimento na formação de profissionais quando eles ainda estão dentro das universidades, para que se tenha docentes capacitados para atender a demanda desses discentes. Não só isso, mas, a disseminação da libras, tornando ela uma disciplina também do ensino fundamental e médio. Melhorias no espaço escolar, cabendo ao Ministério da Educação, um maior investimento em tecnológicas, que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem. Não basta colocar o surdo dentro de sala de aula, precisa adaptar a sala de aula para ele.