Evolução. Essa palavra exemplifica como deve ser o quadro da inclusão de surdos nas instituições do Brasil. Sabe-se que, o artigo 205 da Constituição Federal assegura que a Educação é um direito de todos e dever do estado. Entretanto, essa parcela social encontra dificuldades em concluir uma formação educacional. Dessa forma, apesar dos avanços na legislação, medidas devem ser tomadas para o exercício pleno da cidadania. Em primeiro plano, para entender essa problemática, é preciso destacar suas causas. Segundo Milton Santos, a globalização chega ao mundo todo, mas não para todos os lugares. Tal premissa encaixa-se perfeitamente na realidade do país, uma vez que a desigualdade regional faz com que o acesso democrático aos surdos seja sucateado em algumas regiões, pela dependência de uma equipe pedagoga especifica e aparatos tecnológicos que otimizem a aprendizagem, ao exemplo de haver maior número de escolas inclusivas no Sudoeste do que no Centro-oeste. Portanto, segundo John Locke, deve-se criar um Contrato Social que vise ampla democratização do ensino. Ademais, convém ressaltar as consequências dessa exclusão. Evidencia-se que, quando esses indivíduos são negligenciados, eles respondem isolando-se do corpo social, apresentando dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Além disso, empresas brasileiras tendem a recusar pessoas que não apresentam curso superior- ou seja portador de alguma diferença-, o que impede sua participação ativa na vida do país, e resulta, em muitos casos, na procura pelo trabalho informal. Logo, é importante que o Princípio da Isonomia seja respeitado, em que prevê a igualdade no tratamento independente das diferenças. Torna-se evidente, portanto, que o país deve garantir maior acessibilidade desses cidadãos na conjuntura social do país. Cabe ao Ministério da Educação, responsável por pela democratização do ensino, criar um curso extensivo, durante a licenciatura, sobre libras e sua devida aplicação em sala de aula, para que professores sejam capacitados de oferecer essa assistência. A partir do pontapé inicial, pode-se recriar um cenário livre do estigma associado.