Discriminação, negligência e a falta de acessibilidade são os principais problemas enfrentados por jovens surdos durante a sua formação educacional. De acordo com o político e ativista Nelson Mandela, a educação é a maior arma que se pode usar para mudar o mundo, nesse sentido é necessário buscar a inserção de jovens com deficiência auditiva no âmbito acadêmico, problema esse ainda presente na sociedade brasileira. O sociólogo Pierre Bourdieu afirmava que, a violação dos direitos humanos não consigo somente no embate físico, o desrespeito está - sobretudo - na perpetuação de preconceitos que atentam contra a dignidade da pessoa humana ou de um grupo social. Diante disso a discriminação e desrespeito sofrido pela comunidade de surdos é indiscutível, escolas sem matériais adaptados, como aulas traduzidas em libras estão se tornando obsoletas prejudicando assim a inserção desses jovens na educação básica. Além disso, de acordo com o INEP o número de matrículas de surdos na educação diminui a cada ano desde 2011 a 2016, evidenciando a deficiência no sistema da educação pública. Contudo diante da Constituição Federal Brasileira esse descaso fere o princípio da isonomia, no qual todos são iguais em direitos e deveres, dessa forma é inadmissível a existência de escolas sem tal acessibilidade. Portanto, é necessário tomar medidas eficientes e objetivas para solucionar o problema na inserção de jovens surdos na educação. Órgãos de Educação Pública, devem por meios de projetos buscar a adaptação estrutural e acadêmica das escolas para atender e assegurar os direitos dos alunos deficientes ou não. Afinal, segundo Paulo Freire, se a educação sozinha não muda o mundo sem ela tampouco a sociedade muda.