Durante a conjuntura do século XXI, verifica-se que a formação educacional dos deficientes, em especial dos surdos, tornou-se uma mazela social, por culminar na exclusão social da maioria deles. Hodiernamente, no Brasil, diversas conquistas em prol dessa temática já foram alcançadas – a exemplo do direito à educação de todos cidadãos, presente na constituição de 1988. Todavia, esses avanços não foram suficientes para conter o preconceito e falta de infraestrutura para o ensino de forma isonômica, necessitando, assim, da criação de novas medidas para mitigar essa situação, pois, de acordo com George Shaw, ´´O progresso é impossível sem mudanças´´. É indubitável a existência de preconceito com a educação dos surdos. Posto isso, é necessário salientar que isso provoca a marginalização social deles, por não se sentirem estimulados em relação aos estudos e, com isso, é cada vez mais comuns problemas psicológicos, como a depressão, com os deficientes auditivos. Nesse sentido, consoante o sociólogo Émille Durkheim, essas pessoas estão sujeitas ao suicídio egoísta, ou seja, aquele provocado pelo indivíduo se sentir ruim demais para conviver em sociedade. Por conseguinte, urge a necessidade de cessar o preconceito. Outrossim, destaca-se a falta de infraestrutura como um impasse para a efetivação da educação dos surdos. Diante disso, torna-se notório que as escolas e professores, em geral, não estão preparados para receberem esses tipos de alunos, visto que eles necessitam de um atendimento especial. Nessa perspectiva, Newton criou a ´´Lei da inércia´´, a qual afirmava que um corpo tende a manter seu estado até que uma força atue sobre ele. Apesar de isso ser uma lei da física, ela se aplica no âmbito educacional, visto que se vive uma situação em que poucas pessoas se mobilizam em busca de facilitar o ensino dos deficientes auditivos. Logo, requer a necessidade de combate ao estado de inércia da educação. Evidencia-se, portanto, que a problemática da formação educacional dos surdos é decorrente do preconceito e da falta de infraestrutura. Com o fito de atenuar esses impasses, é necessária uma maior atuação das escolas, em conjunto com as famílias, para que busquem reduzir os preconceitos com os deficientes auditivos através de debates e ensinamentos que mostrem a necessidade de respeito com essa parcela social. Ademais, compete à Receita Federal destinar mais verbas às escolas, para que seja melhorado a sua infraestrutura e a qualificação dos professores, em busca de tornar esse ambiente apto aos deficientes. Dessa forma, poder-se-á alcançar o progresso social, concomitante ao aumento gradativo da inclusão dos surdos nas salas de aula, mudando, assim, o atual estado de inércia da educação brasileira.