Segundo Immanuel Kant, filósofo francês de grande significância, a educação é um direito básico, comum à todos os indivíduos integrantes de uma sociedade justa e igualitária. No Brasil, os dilemas acerca dos desafios para a educação de surdos contrastam com tal afirmativa, vez que observada a relevância da acessibilidade nas escolas, sendo indispensável ao exercício equânime da democracia. Primeiramente, faz-se necessário destacar as contradições exostentes nos debates acerca da acessibilidade nas escolas brasileiras, haja vista a necessidade de assistência à formação educacional dos portadores de deficiência auditiva contraposta à falta de preparo do ambiente estudantil para atendê-los. Desse modo, prejudicando a formação acadêmica desses alunos, de maeira a torná-la defasada em relação aos demais estudantes que não possuam tais obstáculos físicos. Fator relevante, que fere a Constituição Federal em seu artigo que declara que todo e qualquer cidadão brasileiro deve ter a garantia de acesso à educação pública de qualidade. Ademais, verifica-se na esfera escolar e profissional a marginalização desses indivíduos em relação aos demais, tendo em vista suas limitações físicas e comunicativas. Tal exposição denota o preconceito sofrido por essa parcela da população, expondo outra dificuldade à inclusão dos surdos no Brasil. Fator, porém, que mostra-se incoerente haja visto que o desempenho destes em suas funções em nada está relacionado às suas deficiências, quando feitas as devidas adaptações, em seus respectivos contextos particulares. À vista disso, a busca pela garantia ao acesso pleno e igualitário por parte dos deficientes auditivos deve tornar-se efetiva pelo Estado. Pois somente através da adoção de políticas inclusivas, tais como a ampliação do ensino da linguagem de sinais nas escolas estendia à todos os alunos, junto à implementação de aulas explicativas sobre a importância da aceitação das diferenças e do exercício de alteriedade. De modo a aproximar todos os alunos da realidade a qual vivem seus colegas portadores de deficiência auditiva. Dessa forma será possível a construçaõ de uma sociedade mais igualitária e coesa.