Durante muito tempo, o sistema educacional brasileiro seguiu o modelo medieval de educação, sem apresentar inovações significativas. Hoje, percebe-se a necessidade da diversidade do ensino e da inclusão de deficientes nas escolas e no convívio social. A falta de investimentos na educação para pessoas especiais e a carência de profissionais qualificados para esse tipo de ensino, dificultam a formação intelectual e social de surdos, mudos e demais portadores de deficiência. Está escrito no artigo 5º das Constituição Federal de 1988 que todos são iguais perante a lei e, portanto, o artigo 205 deve ser considerado, pois a educação é um direito de todos. Apesar da lei, muitos deficientes não tem acesso ao ensino devido à falta de profissionais qualificados nas escolas, tanto públicas quanto particulares, e à falta de incentivo à inclusão de pessoas especiais no convívio escolar, que por serem diferentes, podem sofrer bullying através da intimidação e exclusão social. Nas mídias televisivas e redes sociais, dificilmente há a veiculação de propagandas, novelas, filmes e programas com traduções para a Língua Brasileira de Sinais. Esse fator, associado ao desconhecimento da língua por não-surdos, impossibilita que deficientes auditivos tenham acesso à escola ou à um emprego, já que haveria falha no processo de comunicação entre os indivíduos, e a ação comunicativa se dá, segundo o filósofo Jurgen Habermas, quando há o entendimento da linguagem em ambos os lados. Diante dessa situação, é necessária a divulgação, pelas mídias sociais, de cursos gratuitos oferecidos pelo governo para a preparação de profissionais da área, de forma que mais professores sejam qualificados a ensinar os surdos. O ensino de Libras deve se estender a jovens não-surdos de modo a facilitar o convívio social entre pessoas normais e deficientes auditivos. Para que portadores de necessidades especiais também tenham acesso aos diversos tipos de mídia, é necessária uma lei que estabeleça a obrigatoriedade da tradução de propagandas e filmes para Libras.