A circulação de informação no Brasil passou por uma grande reviravolta após o fim da censura da Ditadura Militar. Contudo, mesmo após a Constituição de 1988 instituir que os meios de comunicação não podem servir de objeto de monopólio, ainda há distorções da verdade em função daqueles que detêm o poder, transformando-as em arma de manipulação da grande massa. Portanto, é necessário que, diante de uma democracia em que a opinião pública representa o Quarto Poder, exista o máximo de clareza no que tange a realidade, promovendo a formação de um pensamento pautado na verdade sem a manipulação midiática. O advento da internet trouxe diversos benefícios, em especial a dinamização da informação, fazendo com que notícias tomem proporções nacionais rapidamente. Consequentemente, esbarra-se no jornalismo arcaico, mas que ainda exerce grande influência sobre uma parcela da população. Matérias compradas em prol de pessoas influentes na sociedade, notícias feitas no intuito de distorcer a realidade com algum propósito, atitudes estas que tornam a informação oriunda da imprensa passível de alteração. Como ilustra Marx & Engels em seu livro, a classe dominante conhece o poder que tem, usando-o sempre ao seu favor. Por conta disso, o modelo antigo da mídia se choca com os jornais autônomos atuais, colocando em cheque o funcionamento que a imprensa tinha anteriormente. Dessa forma, a revolução no campo tecnológico provocou a mudança na liberdade da informação, abrindo a possibilidade de questionar e procurar outros transmissores de notícias. Diferentemente do período que se dependia do rádio para saber o que estava acontecendo, as redes sociais, principalmente, passaram a servir de lugar para pessoas comuns e jornais "onlines" quebrarem o oligopólio das grandes empresas. Semelhantemente a 1985, ano que houve a transição de um governo que censurava para o que, na Constituição, pregava a liberdade de informação, a sociedade brasileira está diante de um embate que a tecnologia traz. Visto que a democracia se constitui na soberania popular, a liberdade de informação está se tornando intrínseca em um povo que passa ter, cada vez mais, acesso a internet. Dentro de um curto intervalo de tempo, tornou-se mais fácil a homogeneização do conhecimento, proporcionando a melhoria, inclusive, da execução da cidadania. Assim sendo, a democratização está se estendendo para as informações, permitindo o exercício da formação de opinião cada vez mais longe das ideias dominantes de uma classe. A internet deu velocidade as notícias e a capacidade de se desvincular da imprensa escrita. A partir disso, para manter esse avanço no que se refere à democratização informacional, precisa-se de regras, seja por parte do Estado ou de Sindicatos que o controlem, porém, sem tornar um processo de censura. Pode-se deixar claro a posição de cada empresa, como ser de Direita ou de Esquerda, permitindo que o leitor tenha acesso claro as mais diversas vertentes de opiniões. Por mais que não exista alguém totalmente imparcial, é tornar cognoscível as outras versões da história.