Com a Constituição Cidadã, promulgada em 1988, uma gama de direitos libertários foram inseridos no ordenamento jurídico, tendo como base, um Estado Democrático de Direito que elevou a liberdade de imprensa e o acesso à informação ao patamar de direitos constitucionais. Hodiernamente, com a velocidade das informações trazidas pela internet, em contraposição aos meios tradicionais de telecomunicação, essa vem sim, democratizando e de fato trazendo a liberdade de informação. Nesse contexto, vemos a grande mídia se esforçando para se adaptar aos ditames da internet, a mudança no formato dos telejornais, com os jornalistas emitindo suas opiniões pessoais como “youtubers”, demonstra o esforço para se adequar ao público atual. Os meios ortodoxos de comunicação, como a televisão, estão perdendo espaço para os formatos gratuitos de imprensa livre na internet, em que, os atores criticam as emissoras de TV apontando os pontos de manipulação da informação trazidos nos seus noticiários, tendo em vista, a ligação dos políticos com os proprietários das emissoras. Outra questão é a proliferação de opiniões de todas as ordens por meio da internet, em que, todos podem emitir afirmações categóricas sobre quaisquer assuntos em tempo real. Nesse esteio, surge a problemática da veracidade da informação que não tem como ser contestada, as informações são jogadas ao internauta que independente do censo crítico irá recebê-las e propagá-las, como opinião deles fosse. Nas teses criadas por Zygmunt Bauman ele defende que a velocidade e a quantidade de informações atuais dão maior liberdade para as pessoas pensarem e julgarem, contudo, também traz maior responsabilidade individual ao vincular quem falou a informação postada. Desta forma, a liberdade de informação hoje é concretizada por meio da internet em que os formadores de opinião estão protegidos por meio de seus canais e recebem pela sua produção independente, estando a mercê da vontade do público.